Entrevista sem revista.

Ontem, fui eu lá no centro porco de São Paulo ser entrevistada por uma piveta menor de 20 anos, que indagou sobre questões filosoficamente infindáveis como por exemplo:

1) Quem é você no contexto social. (Seria eu alguém prestes a encontrar o famoso buraco negro? Ou o famoso é o famoso cabeludo?)

2) Fale uma qualidade. (Jogá uma bombá é uma qualidade?)

3) Agora fale um defeito. (Pensei em falar sobre gases que me assolam quando como feijão)

4) Fale sobre sua família. (coitada, essa ela se arrependeu)

5) Fale sobre seus três últimos empregos. (huahuauhahuhuahuahua, depois que acabei de falar do primeiro ela desistiu.... e mandou o seguinte castigo).

5) Escreva um texto em inglês com o seguinte tema “planejamento para o futuro”.

Isso depois de ter preenchido uma ficha com exatamente todas as informações que eu já havia dado no meu currículo.

Gostaria de falar um pouco sobre meu texto em inglês, quando acabei eu comecei a rir, huhahuauhahuauhauhauha, pensei comigo, devia ter ido para Maiãme a pé.

Então andei em direção a Miss Di Menor e entreguei minha obra prima com um belo sorriso de Monalisa nos lábios.

Me pergunto afinal, quem sou eu no contexto social?


Obs1: Não tinha nenhuma revista para eu ler enquanto esperava.

Obs2: Era proibido aos candidatos usar o banheiro.

Obs3: Hoje me ligaram e pediram um currículo com foto, que péssimo.