terça-feira, 27 de maio de 2008

Referendo sobre a ignorância

Boa noite!
Fui convidada a integrar o time de "sem-noções" que compõem esse blog porque às vezes (quando não estou dormindo, comendo algo com catupiry ou tomando H2OH!) falo algumas coisas "engraçadinhas".
Pois bem...
Hoje, justamente HOJE que recebi esse convite paara compartilhar meus sentimentos, devo dizer (escrever) que eles não estão dos melhores... aliás, estão um tanto quanto ácidos e nefastos. Me arriscaria a dizer que, graças aos céus, eu não tenho em minha posse artefatos bélicos... mas se os tivesse...
Estou, ao alto dos meus 20 e poucos anos, tomando conhecimento de como o mundo funciona afinal. Minha impressão? Gostaria de ter nascido com dois neurônios e bitolada em alguma religião de ocultismo, para que a ignorância me garantisse alegria eterna e uma crença infinita no bom caráter das pessoas (que, pasmem, NÃO EXISTE!)
O que nos torna maiores? É o estudo?? Ahh.. não! É nossa bondade?? Humpf.. menos! Ah, mas então é a nossa sabedoria? Tá chegando perto...
JÁ SEI!!
É o "jeitinho brasileiro"... a sabedoria da malandragem, pois essa sim, cara-pálida, é a nossa única herança cultural!
A malandragem é uma ferramenta de justiça invidual. Perante as instituições supostamente opressoras, o indivíduo "malandro" sobrevive conquistando pessoas, enganando autoridades e driblando leis, de forma a garantir seu prejudicado bem-estar (afinal, tadinho, é tão subjugado e incompreendido...). Dessa forma, o "malandro" é o típico herói brasileiro, ou seja, esse cara somos NÓS!
E a gente ainda perde tempo estudando...
Pior!! Perde tempo sendo bom caráter...
Será que nós, a minoria dos marginalizados que não aprendeu a usar essa sabedoria inerente ao nosso povo, aprenderemos um dia a nos dar bem? Dizer "que horror.. isso é Brasil" quando nos depararmos com um escândalo de corrupção, enquanto embolsamos o troco errado (para mais, é claro) do cafezinho que compramos na padaria?
Acho que hoje, as duras penas, concluí que não acredito nas pessoas. Não acredito que sejam boas e tampouco honestas... raros exemplares se salvam em meio a essa corja que chamamos de conterrâneos (e me dou por feliz tendo em meu convívio algumas poucas pessoas de bem), mas não acredito na meritocracia, não acredito no bom-mocismo, não acredito na competência.

Acho que quem me convidou para esse blog deveria trocar.. eu devia estar, HOJE, no Templo do Foda-se, mas prometo que esse texto é passageiro... aliás, outra característica forte em nossa "prole" é a memória fraca... além de uma enoooorme preguiça de ler textos com mais de 10 linhas que não tenham figuras. Mas tudo bem.. esse será o último texto sóbrio da minha vida...

Os demais serão todos ébrios!

É coidiloco...

2 comentários:

Unknown disse...

Não tinha figura no seu textículo! Assim fica dificil de visualizar tudo que vc ta falando, hahah.
Eu ja desisti de ser brasileiro faz tempooo.
Bem vinda mosssssolita. Post especial pra vc la em cima.

Minhápica disse...

Ei Chamber, bota pra quebrar, manda as paleaçadas ai.
Beijos