sexta-feira, 27 de abril de 2007

5 (cinco) razões para desconfiar da sorte

Bem, eu sei que muita gente vai torcer o nariz pra essa história, mas ela é verdade mais que verdadeira.
Tempos atrás eu tinha um dado no escritório (ha-ha-ha) e toda vez que o via no meio da bagunça eu o pegava, mentalizava o número 6 e tacava o danado na mesa. Sempre funcionava, lá vinha o bendito 6. Eu sorria, por confirmar meu poder da força e guardava o dado. É claro que existiam certas regras pra isso: não adiantava ficar jogando o dado toda hora pedindo o tal do meia dúzia que ele não sai assim. Tinha que concentrar, mentalizar.
Pois bem que uma bela manhã, no longínquo ano de 2004 estou lá eu perdido no meio de tanta coisa e vejo o dadinho pedindo pra ser jogado. Vamos lá, mais um "seiszinho" pro papai. Eis que taco o dado na mesa, e pra minha surpresa, me cai o número 1.
- Merda ! Como ousas ?
Já ignorando as regras supra citadas, peguei o dado novamente e joguei, desta vez falando em voz alta o número máximo: caiu no 2.
- Filho de uma rasgadeira!
Só de raiva, peguei a porcaria do dado e joguei de novo, já esperando pelo pior, quando algo me chamou a atenção: caiu no 3.
Casseta, o negócio tava estranho: 1,2,3....era só o que faltava. Já desconfiado, peguei o quadradinho novamente e com todo o cuidado, para não estragar a harmonia que o universo havia criado naquele instante, joguei o dado gentilmente sobre a mesa: 4 !!!
- Póta que pariu, que merda é essa ?
Fiquei cabreiro, afinal de contas, qual a probabilidade de um treco desses acontecer? Mais do que depressa pra não esfriar, joguei novamente o dado, já vislumbrando o cincão aparecendo sobre a mesa, e me deixando a um passo de virar um ícone dos "teóricos de conspiração de plantão" do qual sou entusiasta: e la vem ele, o..... 6 ???
Maldito, não era pra sair agora! Cadê o 5 ? Alguma merda deu. Um colega meu que estava passando, ao notar que eu conversava com um dado, veio ter comigo :
- Mas que porra moleque, tá fumando maconha agora?
Contei a história pra ele, que mais do que depressa me deu seu palpite sobre o assunto:
- Hum, faltou só o 5 né? Pô, joga na Quina !
- Boa idéia, vai saber né? No almoço vou lá.
Mas a correria do dia fez eu esquecer de passar na loteca. Quando eram umas cinco e pouco, o cara me perguntou se eu havia jogado, e mais do que correndo, procurei minha carteira pra descer antes que fosse tarde, quando notei algo mais bizarro ainda: vi no calendário, era dia 5 de agosto, quinta feira ! Alguma coisa grande estava acontecendo: ou o universo inteiro conspirava a meu favor, ou vendi minha alma pro capeta e nem tava sabendo.
Ao chegar na loteca, a sucessão de eventos se tonificou ao me deparar com um volante da Quina jogado em cima do balcão, como se estivesse me esperando.
Nessa altura, eu já me imaginava no Haway, rodeado por loiras peitudas fazendo o ula-ula exclusivamente pra mim, quando a pergunta mais cruel e estúpida do mundo surgiu na minha mente:
- Que números eu jogo agora ?
Após passar uns cinco (:p) minutos pensando, fiz o mais óbivio e preguiçoso possivel.
- Chicão, faz cinco jogos da Quina ai no computador pra mim!
- Opa, é pra já dotô.
Pronto, estava feito. Não era possivel que tudo aquilo fosse simplesmente o acaso.
Dois dias depois, estava eu enchendo o maldito dado de bica, depois de ter caído na maior pegadinha do ano. Acertei cinco números, espalhados pelos cinco jogos.

Se eu pudesse, daria cinco murros na cara do lafranhudo que inventou essa história de sorte.

Um comentário:

Adsartha disse...

haha tu devia ter jogado 5 15 25 35 45 :P